segunda-feira, 28 de julho de 2008

Segunda, futebol!


Taking 'bout this generation

Um interessantíssimo caderno especial da Folha deste domingo chamou a minha atenção.
Trata-se de uma pesquisa do DataFolha sobre o adolescente brasileiro do século XXI nos seus mais diferentes aspectos: Sexo, Religião, Trabalho, Expectativas, Ideais, Ídolos, etc.

Nenhuma surpresa com os números, mas é sempre chocante dar de cara com a realidade: EITA GERAÇÃZINHA BUNDA-MOLE, SÔ!

O artigo abaixo é um ótimo resumo da merda toda. Com a palavra, o mestre...

Contardo Calligaris

A ADOLESCÊNCIA ACABOU?

A pesquisa de hoje mostra a mesma coisa que, aparentemente, descobrimos a cada vez que sondamos os adolescentes: eles são tão caretas quanto a gente, se não mais.Eles se preocupam sobretudo com família, saúde, trabalho e estudo. Seu maior sonho é a realização profissional -não empreendimentos fantasiosos, mas o devaneio de qualquer mãe de classe média: ser médico, advogado ou encontrar um bom emprego que lhes garanta casa própria e carro.

Em matéria de política, a maioria se posiciona à direita ou ao centro e não tem interesse em participar de movimentos sociais. Eles têm opiniões parecidas com as da média nacional: são contra a legalização do aborto, contra a descriminalização da maconha e a favor da diminuição da maioridade penal. Sobre a pena de morte, estão divididos meio a meio. Não são aventurosos: têm pouca vontade de viajar e estão preocupados com a violência. Na hora do sexo, têm muito medo da Aids.

Quanto às drogas, espantalho dos pais, eles preferem a que os adultos se permitem, o álcool.Cúmulo para quem imagina que os adolescentes sejam contestatórios: em sua maioria, eles acham que o que aprendem na escola é de grande utilidade para o futuro.
Em suma, a surpresa da pesquisa de hoje não está nos resultados, mas no nosso susto ao lê-los: ainda acreditávamos numa visão cinematográfico literária da adolescência. Ou seja, supúnhamos que os adolescentes fossem insubordinados e visionários. Será que já foram e desistiram? Ou será que nunca foram, como sugere a comparação com a pesquisa Datafolha de 1998 e com outra, da revista "Realidade", de 1967?

A adolescência como época separada e específica da vida foi inventada nos anos 1950 e 1960. É nessa época que o cinema e a literatura (narrativas inventadas pelos adultos) criaram a figura do adolescente revoltado, ao qual foi confiada a tarefa de encenar as rebeldias inconfessáveis e frustradas dos adultos.Uma explicação materialista para esse fenômeno diz que, no quase pleno emprego do pós-guerra europeu e americano, era bom que os jovens levassem mais tempo antes de chegar ao mercado de trabalho; ou, então, que um tempo maior de preparação e estudo era exigido por um mercado de trabalho cada vez mais especializado.

Outra explicação, menos materialista, diz que os adultos, na pequena prosperidade do pós-guerra, achavam sua vida um pouco chata (e era, de fato, mais do que nunca, massificada). Os adultos, portanto, sonhavam com aventuras às quais pareciam ter renunciado em troca de uma casa, um liquidificador, dois carros e uma TV. E eles inventaram a adolescência como encarnação de sua vontade de uma vida menos enlatada.

A invenção cultural da adolescência nem sequer transformou a maioria dos adolescentes em rebeldes. Mas produziu um clima suficiente para que, aos 20 anos, alguns membros da geração nascida logo após a guerra chutassem o balde que os adultos queriam, mas não sabiam chutar: contracultura, aspirações sociais, revolução sexual etc. O mundo ficou melhor para todos.
Mas foi um momento especial, em que a insatisfação reprimida dos adultos do pós-guerra delegou aos jovens uma missão quase revolucionária. Desde então, é como se a adolescência tivesse perdido sua razão de ser.

Resta, aos adultos, a expectativa de que os adolescentes corram os riscos que a gente não quer mais correr ou nunca quis, de que eles sejam nossa face audaciosa, sedenta de experiências e de terras incógnitas, generosamente preocupada com um mundo melhor. Mas é uma expectativa vaga, que se confunde com nossa vontade periódica de tirar férias.
Hoje, quais são nossas aspirações extraordinárias e escondidas? Quais os sonhos que os adolescentes defenderiam e encenariam para nós? São apenas visões de nós mesmos, um pouco mais bem-sucedidos.O tempo da adolescência acabou. O que sobrou dele? Talvez apenas uma trilha sonora.

CONTARDO CALLIGARIS, 59, é psicanalista, colunista da Folha e autor de livros como "O Conto do Amor" (Companhia das Letras) e "A Adolescência" (Publifolha)

sábado, 26 de julho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Charge minha de cada dia


Ilustra....


A MAIORIA dos desenhos que eu faço não são exatamente os meu preferidos. São ilustrações, charges e quadrinhos para sindicatos, empresas, instituições, etc. Tudo meio burocrático, sacumé?

Mas, de quando em quando, saem umas coisas interessantes.

Essa aqui, que acabei de produzir para o Sindijus, ficou bem bacana.

Se liga no som!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A Charge minha de cada dia


Tempo, tempo, tempo...


OLHA só essa: deixei a charge de hoje desenhada sobre a minha mesa. Faltava só escanear, "sapecar" a cor e voiala: estava no ar.

Então, tive que sair e só voltei no meio da tarde.

Não é que a bichinha tinha ficado velha?!

Alí, bem em cima da minha mesa... a coitadinha envelheceu e morreu.

Sinal dos Tempos.

Tudo por conta de uma liminar que caiu e liberou o primeiro irmão para a "dolce vita" no TC.

Pra não dizer que não falei das flores - e, nesse caso, não falei mesmo! - , aí está a prova do crime.

terça-feira, 22 de julho de 2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sábado, 19 de julho de 2008

A Charge minha de cada dia


Deu no Blog do Solda

Copiei esta nota do Blog do Solda (que, já aviso, causa dependência e vicia).
Apoio este manifesto em gênero, número e grau.

Caros senhores da Editora
Abril e da Revista Bravo


A SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil –, que é uma entidade sem fins lucrativos e que visa a valorização do profissional da ilustração e de seu mercado de trabalho, não poderia deixar de repudiar o recente concurso “cultural” anunciado pela revista Bravo! Não somos contra concursos, pelo contrário. Existe uma tradição secular no mundo todo que torna esta prática uma oportunidade para que jovens talentos mostrem sua produção e que possam vir a ter seu trabalho reconhecido. O que não podemos entender e aceitar é que o regulamento deste concurso “cultural” não ofereça nada em troca a não ser fazer outro desenho para ser publicado. E que esses desenhos passem a ser patrimônio da Editora Abril.

E que o “ganhador” deve aceitar e não reclamar de absolutamente nada mesmo que os editores aprovem seu trabalho e resolvam, a seu bel-prazer, modificá-lo conforme a edição exigir. Isto é “cultural”? A SIB deseja um outro tipo de cultura. A do respeito. Centenas de jovens apresentam seus portfolios a editores de revistas todos os anos. Será que desses, nenhum mereceria a chance de publicar já sendo remunerado? Será que nenhum deles preenche os requisitos mínimos para se tornar um profissional, ainda que, digamos, junior?

A Editora Abril tem feito dezenas de leituras de portfolio durante a bem sucedida exposição “Ilustrando em Revista”. São garotos de vários estados que, esperançosos, encaram a fila e o crivo de profissionais da Editora. Impossível não haver entre eles alguns que já poderiam se iniciar na arte da ilustração nas páginas das revistas da Abril sendo remunerados.

O regulamento do concurso não tem absolutamente nada de cultural. Ele é um contrato econômico e uni-lateral, infelizmente. A Abril faria mais se valorizasse seus profissionais, seus colaboradores, e que respeitasse os leitores que ainda restam oferecendo a eles um produto profissional e qualificado. Ganharíamos todos nós.


Atenciosamente, SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

sexta-feira, 18 de julho de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A Charge minha de cada dia


Nani


Fantástica a charge do veterano mestre Nani. Retrato perfeito dos tempinhos "quase mais-ou-menos" que estamos vivendo.

Ah, deu na charge on line, ok? entra lá!

terça-feira, 8 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

A Charge minha de cada dia


Deu na Inernet:


Geração Orkut corre risco de crise de identidade, diz psiquiatra

Identidade virtual poderia deixar vida real 'chata e pouco estimulante'

Da BBC
A geração de usuários da internet nascida depois de 1990 - década da popularização da rede - pode estar crescendo com uma visão perigosa a respeito do mundo e da sua própria identidade, sugere um psicanalista inglês.
Segundo Himanshu Tyagi, a principal causa deste problema seria o fato de que os nascidos nesta época já cresceram em um mundo dominado pela navegação na internet e pelos sites de relacionamento como o Facebook, Orkut e MySpace.
"É um mundo onde tudo se move depressa e muda o tempo todo, onde as relações são rapidamente descartadas pelo clique do mouse, onde se pode deletar o perfil que você não gosta e trocá-lo por uma identidade mais aceitável no piscar dos olhos", disse Tyagi durante o encontro anual do Royal College of Psychiatrists, uma das principais agremiações de psiquiatras do Reino Unido e da Irlanda.
O psiquiatra destaca ainda que as pessoas que se acostumam com o ritmo rápido dos sites de relacionamento podem achar a vida real "chata e pouco estimulante", o que poderia causar problemas de comportamento.
"É possível que os jovens que não conhecem o mundo sem as sociedades virtuais dêem menos valor às suas identidades reais e, por isso, podem estar em risco na sua vida real, talvez mais vulneráveis ao comportamento impulsivo ou até mesmo o suicídio", disse.

Pesquisa
Tyagi começou seu interesse por identidades virtuais quando fundou um site que funciona como uma rede de contatos profissionais e se deu conta da distância enorme que há entre psiquiatras em atividade e pacientes mais jovens em assuntos relacionados à internet.
Ele constatou, após uma pesquisa com psiquiatras durante um congresso nos Estados Unidos, que a maioria dos profissionais não sabia da magnitude do impacto do mundo virtual na geração jovem.
Segundo o professor, além dos sites de relacionamento, as salas de bate papo virtuais também podem influenciar problemas de comportamento como a timidez.
Ele destaca que o anonimato e a falta de experiência sensorial das conversas nestes ambientes virtuais poderia mudar a percepção de interatividade e criar uma visão alterada sobre a natureza dos relacionamentos.
"A nova geração, que cresceu em paralelo ao avanço da internet, está atribuindo um valor completamente diferente para as relações e amizades, algo que estamos fracassando em observar", afirmou Tyagi.

Benefícios
O psiquiatra afirma que são necessárias mais pesquisas sobre o impacto da internet na geração jovem e ressaltou alguns benefícios dos sites de relacionamento.
Segundo ele, essas redes oferecem um status social mais equilibrado, onde raça e gênero são menos importantes e onde as hierarquias da vida real são dispersas.
Ele destacou ainda que a quebra das barreiras geográficas permite acesso a relacionamentos e a apoio de amigos virtuais.

Experiência
As afirmações de Tyagi, entretanto, forem contestadas por especialistas da área.
Graham Jones, psiquiatra especializado no estudo do impacto da internet, reconhece que existe o risco de que uma freqüência exagerada de sites de relacionamento possa levar a problemas de comportamento. Mas ele acha que esses riscos foram exagerados por Tyagi.
"Para cada geração, a experiência com relação ao mundo é diferente. Quando a imprensa escrita surgiu, tenho certeza que muitos a consideraram como uma coisa ruim", disse Jones.
"Pela minha experiência, pessoas que tendem a ser mais ativas nos sites como o Facebook ou Bebo são aquelas que já são mais socialmente ativas de qualquer forma - é apenas uma extensão do que eles já fazem", concluiu o psiquiatra.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

terça-feira, 1 de julho de 2008