A vida comum, a 30cm do chão
A ilustradora Iansã Negrão faz sua primeira exposição individual na reabertura da Galeria Moacir Moreno, no Theatro XVIIIA exposição Jardim Suspenso é a primeira mostra individual da designer e ilustradora Iansã Negrão. As imagens são um apanhado da produção da artista nos últimos anos, marcada pela construção de momentos de intimidade, solidão, alheiamento e entrega dos personagens, surpreendidos em epifanias cotidianas. A abertura acontece na próxima quinta-feira, 10 de fevereiro, às 19h, na Galeria Moacir Moreno, foyer do Theatro XVIII, no Pelourinho. A entrada é franca. Iansã flagra o banal do mundo com afeto, materializando-o em diversos suportes e em diferentes horas. Em casa, no trabalho, numa sala de espera. "Jardim suspenso sempre teve essa conotação de lar para mim, de varanda da casa com plantas", diz. A ideia é que os espectadores vaguem por este jardim, deparando-se com seus moradores. Que tomem um chá com eles, sintam-se íntimos da beirada do dia ou da vida, longe da borda cotidiana. Os quadros de pequeno formato (10x15, em média) dominam boa parte de Jardim Suspenso, apresentados em molduras de diferentes formatos e cores, que contrastam com o preto e o cinza dominantes nas imagens. “É que sou meio cega para as cores”, afirma a artista em tom de brincadeira. Boa parte dos desenhos foi feita com tinta preta e lápis, outros são experimentações no ambiente digital. Os formatos maiores são gravuras digitais impressas em canvas. Ao todo serão cerca de 100 imagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário