quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

I me mine (I)

WELL, para abrir os trabalhos do ano do senhor (Elvis, of course) de 2008, aqui vai o meu momento "sei que sou bonito e gostoso". Tratam-se de dois textos com a minha pessoa como tema. O deste post é um trabalho universitário do jornalista Guilherme Larsen, do Jornale, sobre este que vos escreve. O texto foi "capturado" do blog do também jornalista Alex Calderari. Para acessá-lo, basta clicar aqui: http://www.ideiaregistrada.blogspot.com/
No próximo post tem mais, tá compreendido?


Segunda-feira, Janeiro 07, 2008

Uma mistura de lápis, pincel e Beatles

...(Sobre o chargista curitibano Simon Taylor, por Guilherme Larsen, jornalista)

Como um grande fã dos garotos de Liverpool, Simon Taylor gosta de um visual estilo anos 60, com calças bocas de sino e camisetas mais antigas que a moda do século 21. De início, ele já revela seu lado "beatlemaníaco": "Queria gostar mais do John, mais seu coração prefere o Paul. Quando não é fantástico, é ridículo", revela, falando de si mesmo.
Aos 12 anos, Simon começou a se interessar por charges. Quando criança, colecionava gibis de super-heróis. Este mundo de ficção ainda está bem vivo dentro de Simon. "Ser chargista sempre foi parte do meu plano-mestre para conquistar a galáxia", brinca, quando perguntando do porque foi trabalhar com desenhos em jornal.
Simon diz que nunca pensou, quando jovem, qual carreira seguiria. Hoje, com 33 anos, ele afirma que simplesmente já era chargista. Assim como também já era viciado em música. Ele adora colecionar CDs, especialmente dos Beatles. Por muito tempo ele assinou uma coluna sobre cultura/música.
Violão foi o primeiro instrumento que aprendeu a tocar. Em seguida, a guitarra foi só um passo para chegar no contra-baixo e finalmente na voz. Já participou de inúmeras bandas. "Então, pouca coisa é mais importante do que música na minha vida", garante Simon.
Em sua definição, quando uma coisa é simplesmente para ser, não pode deixar de ser. E foi esse caminho que ele trilhou, no mundo das charges.
Várias redações já fizeram parte de seu cotidiano. Seu primeiro salário foi de R$ 200,00 no antigo jornal Folha da Imprensa. Hoje, ele brinca que não ganha muito mais do que isso. Nos últimos tempos sua agenda anda muito corrida. Além de chargista, ele também é diagramador, formado pelo jornal Folha de São Paulo. Várias publicações, como revistas e jornais impressos, tomam o tempo de Simon. E ele agradece por tanto serviço.
Na maioria de seus trabalhos, Simon procura a política, com consciência e conhecimento de causa. Em sua opinião, a leitura diária de jornais é fundamental para compreender o momento. Mas esse interesse pelos nossos "comandantes" não é à toa. Seu pai, que ele chama somente de Taylor, era ligado a movimentos políticos e sociais, chegando a ser candidato a vereador. Simon dá graças a Deus que o plano não se concretizou. "Por sorte, não embarcou nessa furada".
Na hora da leitura dos jornais, sites e afins, o cérebro de Simon faz uma espécie de milk-shake de humor, política, comportamento, crítica e história. "Boom. Ta lá a charge. Depois, a parte do desenho é conseqüência, mas nunca menos importante", explica.
O modernismo não faz muito a cabeça de Simon Taylor. Sua influência nos desenhos vem de cartunistas como Henfil, Ziraldo e Frank Miller. "Não gosto muito de Mangas e essas coisas muito moderninhas. Me parece muita técnica e repetição sem alma pra pouca arte", diz.
Os computadores fazem parte de sua vida, mas não por obrigação. Perguntado sobre sua preferência no estilo de desenhar, sua resposta é curta e breve: "Com certeza no papel". Sua explicação é que o lápis, pincel e caneta na mão geram traços específicos, coisa que a maquininha de fazer louco (como Simon chama o computador) não consegue. Ele também não dispensa o prazer de ter suas roupas sujas de tintas.
Como cada louco tem uma mania, com Simon não podia ser diferente. Uma de suas obsessões são as unhas. "Sou capaz de reconhecer 80% das pessoas que conheço apenas pelas unhas". No momento ele desenvolve uma nova técnica dentro de sua mania. "Já estou, inclusive, começando a analisar a personalidade de cada um pelo formato de unha e da mão. Vai entender..."
Simon procura sempre a tranqüilidade. Um de seus momentos preferidos é o banheiro. Esse lugar ele chama de "a última fronteira". "Lá eu deixo sempre uma pilha de livros, revistas e gibis e, em tempos de celular, MSN e Internet, é o único lugar que te respeitam, que te dão um tempo. Mas acho que não tardará muito a colocarem notebooks nos banheiros, aí o chefe vai te achar até nesta hora", brinca.
Neste ano, seu mundo ficou mais alegre e agitado. Sua filha, Alice, nasceu. O "sorrizinho" dela tem alegrado a vida do casal Simon e Kelly - que ele só consegue chamar de Shellinha.
Para completar o estilo Simon Taylor, a manhã é seu período preferido do dia. Seus desenhos, de preferência aqueles que irão durar mais do que um dia, são feitos nesse horário. E o momento da sacada, daquela grande sacada com certeza o entusiasma.

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Caro Guilherme, muito obrigado pelo texto, fiquei muito envaidecido. Obrigado também ao Alex pela publicação!

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